sábado, 29 de outubro de 2011

Excerto da Grande Entrevista a D. José Policarpo

A 15 de Agosto, aniversário da ordenação sacerdotal, presidiu nos Jerónimos a uma celebração com cerca de dois mil jovens da diocese que iam para a Jornada Mundial da Juventude, em Madrid. Que papel pode a juventude desempenhar na Igreja do século XXI?
A minha primeira questão é outra: que papel é que a Igreja tem na vida destes jovens? Nas Jornadas Diocesanas da Juventude tenho tido momentos muito belos e carregados de esperança! Os jovens que estavam nos Jerónimos, fui reencontrá-los no Arena, em Madrid, no dia do encontro dos 15 ou 16 mil jovens portugueses. De Lisboa estavam cerca de 2600, que não foram só por ir! Eu estive com eles, falei-lhes, fiz uma catequese e senti uma grande sintonia. Nesta massa juvenil que está hoje em sintonia com Jesus Cristo e com a Igreja, há duas características: há uma redescoberta do essencial cristão, mas numa linguagem nova! Os jovens não têm dificuldade em se abrir ao perene, em encontrar sintonia com aquilo que eu fui como jovem. Mas a linguagem é outra!

Mas o que espera do jovens?
A Igreja do futuro não sei se será minoritária se não será – analistas pessimistas dizem que a Igreja na Europa ficará reduzida a pequenos grupos, eu não sou tão pessimista como isso. Mas a Igreja do futuro será o que estes jovens forem! As famílias que eles constituírem. Os filhos que educarem. Se forem capazes de manter esta ‘chama’ que agora têm na juventude…
Penso que há um passo muito grande que esta juventude tem que dar, que é descobrir, não apenas a partir das leis da Igreja – que essas parece que estão perdendo, digamos assim, o ‘impacto’ – mas a partir da exigência do amor e da comunhão a Jesus Cristo, o que é viver a vida nova do cristão. Mas descobrir isso em toda a linha: na linha do trabalho, da alegria, do divertimento, do amor. Porque o cristão não é um homem igual aos outros todos, que é capaz de fazer uma festa. Não! O cristão tem, dia-a-dia, o desafio de viver cada coisa humana com uma dimensão nova! Esse é o grande desafio que os nossos jovens têm que fazer.

Entrevista completa:

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