Quando os Homens se juntam com amor, no seu jardim nascem flores e frutos; e quando esses Homens são jovens, então essas flores são viçosas e os frutos saborosos...
Pe Suzano
Para podermos dar a conhecer quem somos, é fundamental dar a conhecer a nossa história. Ao contrário de muitos outros grupos de jovens, este não está ligado a nenhum movimento ou associação, tem um cariz exclusivamente paroquial. Nasceu da iniciativa de um pároco que conhecia a importância da pastoral juvenil na Igreja.
SMA 90's |
Foi em 1 de Novembro de 1971 que, após quase um ano de preparação sobre supervisão do Padre Joaquim Suzano, se realizou a 1ª reunião do grupo de jovens da paróquia ao qual ele atribuiu como nome e lema a frase “Sempre Mais Alto”. A essa reunião compareceram 52 rapazes e raparigas, que formaram o grupo original dos “12,13,14 anos”. Como primeiros objectivos foram estabelecidos a ligação à paróquia dos jovens que terminando a catequese e fazendo a profissão de fé, abandonavam a Igreja e também a formação dos mesmo não só para a vida nas suas várias vertentes pessoais, mas também para poderem ajudar nos vários sectores da paróquia.
Pe. Suzano |
Assim o trabalho prático do grupo desenvolveu-se à volta da biblioteca, da realização de cartazes, das tarefas de secretariado, da assistência ao grupo coral, etc, enquanto que o trabalho de formação se baseava na discussão de temas, com base em textos e figuras, e na formação específica em áreas tão diversas como os primeiros socorros ou a protecção da natureza, com algumas visitas “de estudo” culturais e sociais.
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SMA 90's |
No que dizia respeito à organização das reuniões, os jovens estavam divididos em grupos de trabalho para discussão, cada um com o seu chefe e respectivo secretário. As reuniões iniciavam-se com uma pequena oração preparada por cada jovem, a respeito das suas acções durante a semana que findara e dos seus propósitos para a semana que começava. Os primeiros responsáveis foram Fernando Augusto Smith Elpídio, o Eduardo José Ferreira Mendes e a Maria da Conceição Santana Calisto, tendo como auxiliares a Ana Maria Conchinhas Elpídio, o Paulo Jorge de Almeida Partidário, a Isabel Maria Germano Pinto e a Maria do Carmo Milheiro Torres.
SMA 2006-2007 |
Os jovens deste grupo eram e continuam a ser elementos activos na vida paroquial, marcando a comunidade com o seu testemunho de jovens cristãos e com a sua participação nas actividades habituais da paróquia e noutras que partiram da sua própria iniciativa ao longo dos anos, desde visitas aos lares, apoio informático em Pexiligais, noites de oração comunitárias, realização de diversos serviços nas eucaristias, entre outros...
Actualmente o grupo é constituído por aproximadamente 80 jovens, que se dividem consoante as idades e o percurso realizado em dois sub-grupos: a Raiz e os Jovens. Realizam reuniões semanais aos Domingos as 17h, seguidas pela Eucaristia Dominical.
Por fim transcrevemos para o blog dois testemunhos, retirados do livro comemorativo dos 50 anos da paróquia, de antigos responsáveis do grupo o Rui Pereira e o Pedro Pires:
SMA 2010-2011 |
Muitos foram os jovens que passaram pelo grupo, e certamente em todos ficou alguma marca do tempo passado nos bancos do Sempre Mais Alto. Destacamos a orientação dos Padres que passaram pela paróquia, e que ajudaram o SMA a crescer: Pe Suzano, Pe. António Emílio, Pe. António Fernando, Pe. Mário Pais, actualmente o Pe. João Braz e muitos outros coadjutores.
Por fim transcrevemos para o blog dois testemunhos, retirados do livro comemorativo dos 50 anos da paróquia, de antigos responsáveis do grupo o Rui Pereira e o Pedro Pires:
MOMENTOS DE ETERNIDADE
Estive 16 anos no SMA, entre os 10 e os 26 anos. Aí deixei de ser criança, atravessei a adolescência, tornei-me adulto, licenciei-me e ingressei no mercado de trabalho.
É impossível dissociar aquilo que hoje sou, o individuo, os valores, a forma de estar, os relacionamentos, da minha vivência no SMA.
Em perspectiva e a esta distância eu evidenciaria 4 dimensões que me marcaram e à geração que passou pelo SMA desde o início dos anos 80 até finais dos anos 90:
1. Fomos a geração da transição dos tempos da revolução, e da construção da democracia, lembrando-me perfeitamente da dimensão de cidadania que fazia parte do ADN do SMA. Discussões acaloradas e apaixonadas, sobre a melhor forma de nós jovens católicos contribuirmos para melhora a sociedade onde vivíamos.
2. Ser do SMA significava também ser melhor todos os dias em cada coisa que fazíamos, na escola, em casa, na família, no grupo de amigos, …, em todo o lado. Vivíamos imbuídos do espírito de ser SMA na vida pessoal de cada um. Era por assim dizer uma escola de lideres e de pessoas com vontade e determinação de ser SMA ao longo de toda a vida.
3. Pertencer ao SMA era também uma oportunidade para estar com Deus, individualmente e em grupo, vivendo momentos de espiritualidade única, “Momentos de Eternidade”, e que ficam na história pessoal de cada um, para toda a vida.
4. Do percurso no SMA ficaram verdadeiras amizades para toda a vida, porque partilhámos a adolescência, os grandes projectos de vida, os primeiros amores, o percurso universitário, as angustias do primeiro emprego, a constituição de família, e a vinda dos filhos. Uma vida em comum, sabendo sempre que temos alguém que nos quer bem, que se preocupa verdadeiramente connosco, que nos ama. O verdadeiro prolongamento da família.
Por tudo isto ser do SMA, porque serei sempre do SMA, é uma forma de viver e ser cristão, que tem por missão aprender permanentemente, com elevado grau de exigência consigo próprio e com os outros, e dando testemunho de Cristo por onde passe e viva. Não é fácil, mas há que ser SEMPRE MAIS ALTO!
Rui Medalho Pereira
Jubileu Sacerdotal do Pe. Suzano |
Ter um ideal na vida, é ter vida. E quando se é adolescente, viver para um ideal é a possibilidade de sonhar e projectar o futuro.
Ter como ideal de vida: "Sempre Mais Alto", é acreditar que "sou gente" com força para conquistar o mais alto dos sonhos.
A partir deste ponto da vida estão lançados os alicerces da casa. Ao longo da vida vamos construíndo a casa e da-mo-nos conta que a construção, ou a subida da montanha, se faz, afinal, com avanços e recuos. É precisamente nesses momentos que nos socorremos dos nossos alicerces como pessoa. E para mim continuam a ecoar e a orientar-me algumas frases: "Sê útil, deixa rasto!"; " Quem não vive para servir, não serve para viver."; Se tens um limão, faz uma limonada."; "Uma voz de longe chama pelos teus passos, marcha para a frente caminhar é lei."; "Sou gente, sou gente, sou gente pequena, mas trago na alma a grandeza do amor."
No ano do Jubileu da "Casa", da Mãe que acolhe os seus filhos, só posso manifestar a minha gratidão e afecto por ser um dos seus filhos que muito a ama.
Pedro Pires
Jornada Diocesana |